Quem somos

Minha foto
Curitiba, Paraná, Brazil
Uma família que adora diversão, cultura e aventura...

Seguidores

domingo, 10 de janeiro de 2010

7º dia - Passando a Fronteira Argentina/Chile

Nosso plano era sair de San Salvador de Jujuy bem cedo, mas o passeio de sexta-feira foi espetacular, porém cansativo. Acabamos acordando às 9:00h e saímos do hotel às 11:00h. A distâcia até San Pedro de Atacama é de 500Km e fizemos esta etapa em 12:00h, pois o caminho é de paisagens deslumbrantes e, novamente, tiramos mais de 100 fotos. Passamos pela Costa Lipan, onde a estrada faz vários vai-e-vem para subir as montanhas. Saímos de 2.950 m em Jujuy para 4.170 no ponto mais alto do caminho. O ar é muito rarefeito e precisa-se fazer tudo devagar pois falta oxigênio e a sensação é de que você respira mas o ar não enche os pulmões. Masca-se muita folha de coca aqui, observa-se as pessoas com as bochechas inchadas, como se tivesse com uma batata na boca, mas não é, eles enchem a lateral da boca com folhas de coca e ficam "ruminando" aquilo o dia todo. Experimentei, tem gosto de quando se toma chimarrão e dá uma sensação de que abre as vias aéreas. A folha natural não é toxica. No caminho para San Pedro passamos por Purmamarca, onde o cartão postal são as montanhas multicolores, simplesmente espetacular. Após a Costa Lipan a paisagem passa a ser desertica, igualmente incomum e espetacular. Cresce um capim dourado que, com os ráios de sol parece um campo de ouro é maravilhoso. Tudo é muito árido, seco e o vento é muito, mas muito forte, chega a jogar o carro para o lado, tem que dirigir com muita atenção. O carro não desenvolve, devido a altitude e ao vento, a maior parte da viagem no deserto não consegui passar de 50 Km/h, mas não é cansativo porque a paisagem é muito compensadora. Passamos por dois salares (depósitos de sal no deserto - local que um dia foi oceano) é indescritível a beleza. Do alto da montanha pode-se avistar aquele "espelho" branco que reflete a luz do sol com muita intensidade. Andamos no salar e tiramos fotos, simplesmente inacreditável. Perde-se muito tempo também nas Aduanas Argentina e Chilena. Na Argentina, uma fiscal da imigração quis nos morder $400,00 (quatrocentos pesos) alengando que não tinhamos os documentos de permissão de entrada no país, que é obrigatória a apresentação para sair. Mas como é Mercosul, somente foi-nos pedida a identidade na entrada e os nossos dados foram registrados no sistema da imigração. Pela Gendarmeria (polícia federal argentina) não houve problema nenhum, mas aquela ..... da imigração quis criar caso e quis nos estorquir dinheiro. Expliquei a ela o que aconteceu e no momento chegou outra pessoa com a mesma situação acompanhada de um agente da Gendarmeria, ela ficou toda desenchavida e sem graça e teve que nos liberar e ficou sem o dinheiro, que sorte tivemos. Demoramos 1h e 20min para sair da aduana argentina. Na aduana chilena foi outro parto, 1:00h mas foi mais tranquilo, somente a demora e o preenchimento de alguns formulários, além de que pedem para tirar tudo do carro e passar pelo raio x, inspecionam até debaixo do para-lamas. Foi difícil achar local para ficar em San Pedro, todas as hosterias (pousadas) estavam lotadas. Após rodarmos bastante e pedirmos várias informações achamos uma hosteria para poder tomar um banho e descansar, estavamos muito empoeirados. O carro, coitado nem dá pra descrever. O problema desta pousada que tinha vaga é o preço da diária $120.000,00 (cento e vinte mil pesos chilenos), aproximadamente R$480,00 (quatrocentos e oitenta reais), mas como já era passado da meia noite (horário do Brasil) 23:00 h horário local, estavamos muito cansados e já irritados, acabamos ficando. Surpresa ao tomar banho, a água é meio salgada, mas é normal aqui, pois é deserto e é muito difícil ter água. Não seria aventura se não tivesse estas situações. Soubemos do falecimento do Sr. Alceu e ficamos chateados, deixamos nossos pesares à família, que Deus o receba em seu reino. Abraço a todos.
A